O pequeno João Vitor Torres, de apenas sete anos, sempre foi conhecido por sua energia contagiante e amor pelo futebol, uma paixão que dividia com os colegas e vizinhos em Erebango, município do interior do Rio Grande do Sul. Em sua curta vida, nunca havia enfrentado problemas de saúde, até que, na última semana, sua rotina simples e alegre foi interrompida por um problema inesperado.

Na segunda-feira (4), João começou a sentir uma dor intensa na perna enquanto estava na escola. “Eu estava no trabalho quando a escola me ligou, dizendo que ele não aguentava de dor”, conta a mãe, Jaqueline Minche Zaboenco Coelho. “Meu marido correu para buscá-lo e levou até o posto de saúde.” Na unidade, o diagnóstico inicial foi de uma possível câimbra, e o menino foi liberado para voltar para casa. No entanto, a dor não melhorou, e, para desespero dos pais, João não conseguia mais caminhar.

Preocupada, a família o levou ao hospital em Getúlio Vargas, onde João foi internado e submetido a exames. Na terça-feira (5), o diagnóstico foi revelado: João estava com um tumor na medula, uma condição séria e que exigia cirurgia urgente. Desde então, o menino está internado no Hospital Santa Terezinha, em Erechim, enquanto sua família batalha para que ele tenha acesso a um procedimento que pode mudar seu destino.

A cirurgia, um procedimento de alta complexidade, requer uma equipe especializada e o uso de tecnologia avançada, como um robô que auxilia na precisão da operação. O custo elevado, estimado em cerca de 50 mil reais, não é totalmente coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que, segundo a família, não cobre a tecnologia robótica necessária.

Em busca de uma solução rápida, os pais entraram com um processo judicial na sexta-feira para garantir o acesso à cirurgia, que não pode ser adiada devido à gravidade do caso. “É uma cirurgia muito cara, e nós não temos condições de pagar. Foi a única saída que encontramos para que nosso filho tenha a chance de voltar a andar e viver sem dor”, desabafa Jaqueline.

O caso de João mobilizou a comunidade local e chamou a atenção de autoridades. A deputada estadual Delegada Nadine Anflor entrou em contato com a família e se envolveu pessoalmente, acionando o Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, e buscando apoio junto à Secretaria de Saúde do Estado. Em mensagem à mãe de João, a deputada explicou que o menino deve ser transferido para Passo Fundo, onde passará por uma avaliação para marcar a data da cirurgia.

A família tenta manter a esperança, mas a situação é difícil. São dias e noites de angústia. O pai, Eduardo Padilha Torres, teve que interromper os trabalhos para acompanhar o filho. 

A transferência de João para Passo Fundo está prevista para a segunda-feira (11), quando uma equipe de neurocirurgiões avaliará o caso e organizará os detalhes do procedimento. 

Enquanto isso, todos seguem com fé e união, amparada pela solidariedade da comunidade e por todas as orações e apoio que têm recebido.

Para aqueles que desejam apoiar a família de João, qualquer gesto de solidariedade é bem-vindo. No momento, Jaqueline e Eduardo estão focados em conseguir a melhor assistência para o filho e pedem por energias positivas e apoio para que João possa superar essa etapa difícil e voltar a ser o menino alegre e cheio de vida que sempre foi.