CIDADES
Oftalmologista alerta sobre riscos da fumaça de queimadas aos olhos
   
Baixa qualidade do ar causa preocupação em especialistas

Por Giovanni Andrade
12/09/2024 08h52

O céu da capital dos gaúchos e outras cidades do estado está amanhecendo diferente, com sol de tom alaranjado e atmosfera cinza que impossibilita de ver o tempo limpo. A fumaça gerada pelas queimadas florestais que invadiram o Rio Grande do Sul vem chamando atenção e inspirando cuidados devido a insalubridade do ar.

Especialistas como a agência suíça IQ Air apontam que a concentração de partículas de até 2,5 micrômetros (PM2.5) em Porto Alegre registaram índice quase 12 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Entre os principais perigos para saúde estão os riscos de irritação nos olhos, nariz e garganta, problemas respiratórios como bronquite, asma e falta de ar, além das doenças cardiovasculares devido a exposição prolongada aos ambientes externos. Em relação aos cuidados oftalmológicos, o Dr. Fausto Stangler, oftalmologista do Hospital Banco de Olhos São Pietro, destaca que a situação pode piorar outras doenças e inspira atenção para quem tem condições específicas.

"Além de aumentar a coceira e gerar irritação nos olhos, as partículas suspensas no ar podem piorar a blefarite. Quem tem síndrome do olho seco precisa estar atento para não agravar a situação, devido as condições climáticas adversas. Outro alerta importante é sobre não coçar os olhos, algo que pode ser muito prejudicial e até causar problemas graves na córnea", detalha o médico.

Para evitar riscos, a dica é manter os olhos lubrificados com colírio recomendado por um profissional habilitado, ainda mais ao sentir os olhos irritados, secos, vermelhos ou ardendo. No entanto, se o paciente sentir sensação de queimação, ardência, dificuldade de enxergar ou de olhar para a luz, assim como infecções, deve procurar um oftalmologista.

"Como é um cenário atípico, que a população não está acostumada a lidar, é importante alertar a necessidade de evitar exposições desnecessárias aos ambientes externos por tempo prolongado. Se fizer, o ideal é hidratar-se e higienizar as mãos antes do contato com os olhos. Principalmente por ser uma situação anormal, a população deve ficar atenta e buscar ajuda médica caso sinta alguma dificuldade", finaliza.


   

  

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