CIDADES
RS discute medidas para indústria gaúcha de armas ameaçada pelo tarifaço dos EUA
   
Segmento é o mais impactado no RS com a retaliação de Donald Trump ao Brasil

Por Marcello Campos
30/07/2025 10h08

Dias após anunciar R$ 100 milhões para exportadores gaúchos a serem atingidos pelo “tarifaço” dos Estados Unidos, o governo  do Rio Grande do Sul enviou representantes a uma reunião com executivos da indústria Taurus de armas-de-fogo e munição. Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e pela Receita Estadual, o encontro teve o objetivo de analisar meios para manter as atividades do segmento no Estado.

A empresa – fundada em Porto Alegre há 86 anos – pede a liberação de créditos acumulados a que tem direito pelo fato de ser exportadora e ter como principal destino os Estados Unidos.

O nicho de produtos de metal, em que se enquadram as armas, exporta 85,9% da sua produção para o mercado norte-americano e sofrerá impactos severos se persistir a implementação da tarifa de 50% imposta ao Brasil pelo presidente Donald Trump, caso entre mesmo em vigor a partir deste sexta-feira (1º).

Titular da Sedec, Ernani Polo destacou que, embora a solução do problema esteja na esfera federal, o Estado não está medindo esforços para buscar alternativas tributárias para melhorar a liquidez das operações no Brasil: “Estamos estruturando medidas de caráter emergencial para garantir as atividades por mais tempo no Estado”.

Busca de soluções

O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, ressaltou que o governo tem buscado soluções que estão ao seu alcance para auxiliar os exportadores e que várias alternativas têm sido estudadas: “Há uma margem menor de decisões no Estado nos temas de comércio internacional, mas temos conversado com empresas e setores para ampliar a articulação necessária neste momento”.

Presidente da Taurus, Salesio Nuhs considerou a reunião muito positiva: “Agradeço o empenho do governo do Estado que, mesmo sendo este um assunto da esfera do governo federal, que tem feito todo o possível para nos ajudar. O compromisso de avaliar a antecipação da liberação dos créditos acumulados de ICMS [Imposto sobre a Circulação de Mercadorias] vai ajudar muito a companhia nessa transição enquanto perdurar a dúvida quanto a taxação ou, até mesmo, se entrar em vigor a tarifa de 50%”.

Ele acrescentou: “Essa é uma medida emergencial que vai ajudar nesse momento, mas não resolve o problema. A única observação é que o valor tem que ser proporcional ao tamanho da empresa, considerando, por exemplo, que a folha de pagamento da Taurus é de aproximadamente R$ 16 milhões com encargos mensais”.

Na próxima semana, a Sedec e Receita Estadual terão uma nova reunião com a Federação da Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs). O objetivo é dar prpsseguimento a uma agenda de encontros com setores impactados para avaliar as especificidades de cada segmento a fim de seguir na busca por alternativas de apoio à continuidade da rotina produtiva das empresas.


   

  

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