CIDADES
Casamentos religiosos diminuíram em mais de 90 por cento nos últimos 30 anos em Getúlio Vargas
   
O ano com maior registro é 1990

Por Redação, Sebastian Bonassi, Tribuna Getuliense
30/06/2021 17h58

O Tribuna Getuliense realizou um levantamento de dados para saber o número de casamentos religiosos e civis. Os dados sobre os casamentos em geral são do período do início dos anos 90 até o ano de 2021, conforme dados cedidos pelo cartório de registros e pelas paróquias Imaculada Conceição, Comunidade Evangélica de Confissão Luterana São João – IECLB e Igreja do Evangelho Quadrangular.
Nas paróquias Imaculada Conceição e IECLB, os registros diminuíram consideravelmente desde 1990. Na época a IECLB abrangia a região de Tapejara, tendo então um maior número de casamentos comparado aos realizados a partir de 2003, quando os registros passaram a ser somente de Getúlio Vargas. Nos últimos três anos (contando 2021) não houve nenhum casamento. 1993 foi o ano que contou com o maior número de registros, com 14 casamentos.
Já na Paróquia Imaculada Conceição, há 30 anos, o número de casamentos era 16 vezes maior do que os registrados em 2019, que é o último ano antes da pandemia do coronavírus. A partir de 2013, os registros caíram significativamente e nos últimos quatro anos não chegaram a 15 registros. O ano que mais realizou casamentos foi 1990, o primeiro de nossa pesquisa. Entre 1990 e 2002, foram os anos com a maior média de cerimônias, 66 por ano.
Na Igreja Quadrangular, diferente das outras duas, os números mantiveram-se regulares durante o período de 30 anos. Ressalta-se que o período que mais se realizou casamentos foi entre 2006 e 2017, algo oposto ao das outras duas igrejas. Os anos com o maior registro foram 1998 e 2016, ambos com seis casamentos. O número total nos 30 anos foi de 73 casórios.
Nos registros civis, a quantidade de casamentos caiu drasticamente, mesmo assim os números são bem superiores aos do religioso. O auge dos registros são de 1990, com 168 casais. Nos últimos anos, a média ficou em 51. Em 2021, até o momento, 20 casamentos foram registrados no civil, enquanto no religioso, no mesmo período, houve apenas um casamento na Igreja Católica e nenhum nas outras duas pesquisadas. Somando os dados desde o início dos anos 90 até hoje, totalizam-se 2652 casamentos pelo civil, enquanto pelo religioso esse número é de 1489.

No Brasil, desde o início da pandemia, os registros civis apresentaram uma queda significativa comparado aos anos anteriores. Em abril de 2020, foram realizados 25.394 casamentos no país, número 61,8% menor comparado ao mesmo período em 2019, com 66.561.
Porém, a partir de setembro de 2020 os dados começaram a subir novamente, com o total de 61.799, representando um aumento de 143% em comparação ao mês de abril do mesmo ano.

Medidas de segurança e criatividade
Por causa da pandemia da Covid-19, os cartórios de registro civil tomaram diversas ações para proteger a população. Distanciamento entre as cerimônias ao longo do dia, além da permissão de entrada somente para o casal e as duas testemunhas. Além do uso obrigatório de máscara e a disponibilização de álcool em gel para a higienização das mãos.
Apesar disso, a criatividade dos casais impediu que a pandemia afetasse o momento tão especial para os noivos. Iniciativas como o casamento em sistema de drive-thru, em que o casal não precisa sair do carro, ganharam força em todo o país. Além do mais, em alguns estados, foram editadas normas para que os casais pudessem fazer a cerimônia por videoconferência, permitindo que o casamento fosse realizado sem a presença dos noivos no cartório.
Com relação as festas, para aqueles que optaram por uma cerimônia “normal”, diversas alterações e precauções precisaram ser feitas. Um dos grandes trunfos utilizados pelos casais são os casamentos ao ar livre, já que o vírus comprovadamente se espelha menos em lugares abertos do que fechados. Desse modo, o distanciamento social é muito mais fácil de controlar, visto que o espaço reservado é muito maior, além de que é muito mais permissivo o número de convidados.
O formato de casamento mais utilizado durante a pandemia foi o microwedding, estilo de casamento que conta com no máximo 30 convidados. Essa opção tornou-se comum para os casais que não querem adiar o sonho do casamento mas estão preocupados com o contágio do vírus.
Para quem prefere um evento pouco maior, o miniwedding é a opção a ser escolhida. Este formato conta com até 100 convidados e é restrito a lugares abertos e espaçosos e a determinados horários do dia, geralmente pela parte da manhã ou tarde e sem pista de dança.
Outra forma utilizada foi o home wedding, que é o casamento realizado na própria casa do casal. A prática começou a popularizar-se antes mesmo da pandemia, com o crescimento a partir de 2016. É uma alternativa muito válida para aqueles que queiram poupar dinheiro para a realização da cerimônia e que por causa do coronavírus, ganhou ainda mais força.
Confira abaixo a tabela com o número de casamentos nos últimos 30 anos


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