A Prefeitura de Getúlio Vargas recebeu, na manhã de terça-feira (9), a visita de um grupo de pais, mães, vereadores e representantes da comunidade, que se reuniu em frente à entrada do Centro Administrativo do Município para manifestar preocupação com a segurança nas escolas da rede municipal de ensino. A mobilização ocorreu após o trágico episódio registrado em uma escola do município de Estação, que comoveu toda a região.

O prefeito Pedro Paulo Prezzotto, acompanhado da secretária de Educação, Cultura e Desporto, Luciana Spanhol Bordignon; da secretária de Administração, Tatiane Giaretta; e do procurador jurídico do município, Lucas Serafini, inicialmente, recebeu uma comissão de representantes no gabinete. Na sequência, todos desceram para conversar diretamente com os demais participantes da manifestação.

Medidas imediatas já estão em andamento

Durante o encontro, a Administração Municipal apresentou as providências já adotadas desde o dia anterior, como o remanejamento de servidores e vigilantes disponíveis para atuação temporária nas escolas. Também foi anunciado que será aberto um processo seletivo emergencial para a contratação de profissionais com qualificação específica em segurança, que atuarão nas instituições de ensino por tempo determinado.

“O que ocorreu em Estação nos tocou profundamente, e nossa primeira ação foi garantir o reforço da vigilância nas escolas com os meios que já tínhamos. Agora, com o processo seletivo, daremos um passo a mais, mesmo com as limitações legais existentes”, afirmou o prefeito Pedro Paulo.

Licitação suspensa por decisão judicial

A Prefeitura também esclareceu que, desde a gestão anterior, há uma licitação em andamento para contratação de vigilância para todas as repartições públicas, incluídas as escolas, que está impedida de ser executada devido a uma liminar judicial impetrada por uma das empresas concorrentes. A ação tramita no Fórum de Getúlio Vargas e impede a administração municipal de dar prosseguimento ao contrato ou abrir novo processo até decisão da Justiça.

“O que impede a efetivação de uma empresa vencedora é uma questão judicial, e não de vontade do Executivo. Já solicitamos, inclusive, audiência com a magistrada responsável, para buscar celeridade na resolução dessa pendência. A intenção é garantir segurança jurídica para retomar o processo de forma definitiva”, explicou o procurador Lucas Serafini.

Escola segura é prioridade

Ainda durante a manhã, foi realizada uma reunião no Gabinete do Prefeito com diretores e vice-diretores das escolas municipais. O objetivo foi ouvir relatos, angústias e sugestões, além de apresentar as medidas emergenciais e colher contribuições que subsidiem ações de curto, médio e longo prazo.

Entre as prioridades levantadas pelas equipes gestoras estão: fortalecimento da estrutura física das escolas, instalação de detectores manuais de metal, contratação de mais psicólogos escolares, melhoria nos acessos e cercamento, além da continuidade das formações junto à Brigada Militar sobre como agir em situações de risco.

A secretária Luciana Spanhol Bordignon destacou que “o diálogo com a comunidade escolar é permanente e essencial. Precisamos pensar juntos soluções que fortaleçam a escola como espaço de proteção, aprendizado e acolhimento. Já realizamos muitas ações, como o sistema de videomonitoramento, e outras tantas serão ampliadas nos próximos dias”.

Comunidade será envolvida nas decisões

Durante o diálogo com os manifestantes, a Administração propôs que representantes da população participem da audiência com o Poder Judiciário, como forma de acompanhar de perto o trâmite judicial que impede a execução do contrato de vigilância. A sugestão foi acolhida pelos presentes, que indicaram nomes para acompanhar os desdobramentos.

“Queremos e precisamos da participação ativa da comunidade. Estamos todos do mesmo lado e com o mesmo objetivo: proteger nossas crianças e garantir tranquilidade às famílias. O momento exige serenidade, união e ações concretas, e é isso que estamos fazendo”, concluiu o prefeito Pedro Paulo Prezzotto.