
Menos da metade do público prioritário — formado por crianças, idosos e gestantes — se vacinou contra a gripe no Rio Grande do Sul, acendendo um alerta na Secretaria da Saúde (SES). A cobertura vacinal para estes grupos está em 47,93%, muito abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. O cenário é preocupante, pois o estado já soma 2.395 hospitalizações e 350 óbitos por influenza em 2025, conforme o painel de hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (Srag) atualizado até 1º de junho.
Campanha busca reverter cenário
Para incentivar a imunização, o governo do Estado lançou na semana passada uma campanha publicitária que será veiculada em rádios e mídias sociais até 11 de julho. Com cores vibrantes e mensagens como "A vacina é gratuita, eficiente e muito segura”, as peças são direcionadas aos públicos mais vulneráveis.
A vacinação contra a gripe está disponível para toda a população acima de seis meses de idade desde 15 de maio. O imunizante protege contra as cepas mais recentes do vírus (A-H1N1, A-H3N2 e B) e sua proteção efetiva começa cerca de 15 dias após a aplicação.
Risco para não vacinados
Um dado que reforça a importância da vacina aponta que, em 2024, a cada cinco pessoas internadas no estado por problemas respiratórios decorrentes da gripe, quatro não haviam sido vacinadas.
A atualização dos dados desta quarta-feira, 2 de julho, mostra a baixa adesão entre os grupos prioritários:
-
Idosos: 52% vacinados
-
Crianças: 36,94% vacinadas
-
Gestantes: 27,92% vacinadas
Sintomas e prevenção
A gripe geralmente se manifesta com febre, tosse, dor de garganta, dor no corpo e dor de cabeça. Em idosos, a febre pode ser baixa ou até mesmo ausente, o que exige atenção redobrada.
Além da vacina, outras medidas preventivas são recomendadas:
-
Higienizar as mãos com frequência, usando água e sabão ou álcool em gel.
-
Cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar.
-
Manter os ambientes bem ventilados.
-
Evitar o contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de gripe.
-
Pessoas com síndrome gripal devem usar máscara para evitar a transmissão.
-
Pessoas com saúde mais vulnerável devem considerar o uso de máscara em ambientes com aglomeração.