Comportamentos repetidos mostram nossas necessidades internas
Se não existisse uma necessidade interna forte, não teríamos o hábito, a experiência e o padrão comportamental

Por Franciane Schuster, psicóloga
15/10/2024 08h31

Você já fez mil tentativas para emagrecer e acaba engordando mais que antes? Já tentou parar de fumar e passou a comer muitos doces? Ou triplicou sua ansiedade? Já ficou pensando em uma obrigação diária e o dia acabou e você não fez o que deveria? Promete que não vai comprar mais nada e para na primeira loja com ofertas imperdíveis e deixa a promessa pro outro dia?

Estes comportamentos se tornam seus padrões de comportamento repetitivos, são hábitos que adquirimos e mesmo com muitas tentativas de mudança, temos a tendência à repeti-los.

Para cada hábito que temos, para cada experiência que passamos, para cada padrão comportamental que repetimos, existe uma necessidade interior para eles. A necessidade corresponde a uma crença, uma forma de pensar que adquirimos e reforçamos durante toda a nossa vida. Se não existisse uma necessidade interna forte, não teríamos o hábito, a experiência e o padrão comportamental. Há algo dentro de nós que precisa da gordura dos alimentos, dos maus relacionamentos, dos fracassos, da raiva, dos cigarros, da pobreza, dos maus-tratos, das dívidas financeiras, seja o que for que represente um problema para nós. Quantas vezes já dissemos: “Nunca mais farei isso!”. E, então, antes do dia terminar, comemos o bolo, fumamos os cigarros, dizemos coisas horríveis aos que amamos etc. Aumentamos ainda mais o problema afirmando a nós mesmos com sentimento de culpa: “Eu não tenho força de vontade, não tenho disciplina. Sou fraco demais. Eu não tenho jeito”.

Isso só aumenta a carga de culpa que já carregamos. Não tem nada a ver com força de vontade e nem com falta de autocontrole e inteligência emocional.

Seja o que for que estejamos tentando equilibrar em nossa vida em relação aos comportamentos indesejáveis, trata-se de alguns sintomas. Tentar eliminar o sintoma sem trabalhar na dissolução da causa e na raiz do problema, seria um trabalho inútil. A tendência à repetir o sintoma seria inevitável. Por isto, algumas pessoas tentam soluções milagrosas e quando menos esperam, estão frente a frente com o sintoma.

No instante em que relaxamos na direção da força de vontade de mudar este comportamento sem entender de onde ele realmente surgiu, o sintoma volta novamente.
Existe aí, uma necessidade em relação a existência e insistência deste sintoma. Quando entendemos de onde partiu esta necessidade de acordo com nossa história de vida, e a elaboramos, esta necessidade desaparece e com ela, desaparece também o desejo de fumar, agredir quem amamos, comer demasiadamente ou qualquer outro padrão negativo. De acordo com nosso conjunto particular de padrões de pensamento, “necessitamos” ter comportamentos, criando problemas. Cada comportamento é a expressão natural de um padrão de pensamento interno. Lutar apenas contra o comportamento ou sintoma, é desperdiçar energia e com frequência só serve para aumentar o problema.

Por Lilian Mara (Baseado no livro de Louise L. Hay).

 

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